07/03/24 - Metas ESG pressionam para reduzir emissões de carbono e companhias começam a substituir frotas à combustão por elétrica. Nesse cenário, os eletropostos de terceiros aparecem como uma alternativa vantajosa para as empresas de logística que já começaram a substituir parte da frota à combustão por veículos elétricos para atender as demandas de sustentabiliade porque descartam a necessidade de investimentos em infraestrutura. Amazon, Mercado Livre, FedEX e DHL estão entre as companhias que têm metas de reduzir ou eliminar a emissão de carbono num prazo médio de 15 anos.
Com esse modelo, as empresas de logística podem agregar o valor da recarga ao custo operacional, como hoje acontece com a frota à combustão, reservando o montante que seria destinado à infraestrutura para investimentos mais relevantes. Além do custo inicial, a companha ainda ficaria livre dos gastos de manutenção, não absorveria o custo da ociosidade no pátio e da operação para manter o hub funcionando adequadamente.
Postos de recargas próximos a centros logísticos eliminam a necessidade de investimento em infraestrutura própria.
“Na prática, a operação segue o modelo do que hoje acontece com a frota à combustão. As empresas não têm um posto de combustível em seus pátios e não precisam investir montantes consideráveis para manter um equipamento ocioso em um bom período do dia. Evidente que cada caso precisa ser analisado, mas os eletropostos de terceiros são uma alternativa interessante para quem começa agora a trocar a frota”, diz Danilo Guastapaglia, CEO da Go Electric, empresa especializada em soluções para a eletromobilidade.
Para Danilo, esse é um bom momento para as empresas de logística avaliarem as alternativas e buscarem a melhor forma de suportar e atender as demandas ESG, especialmente porque os veículos elétricos pesados ainda são muito caros se comparados aos movidos à combustível fóssil. “Há uma movimentação no mercado, investidores interessados em atuar em infraestrutura de recarga frente ao crescimento constante da frota de elétricos no Brasil. É uma boa oportunidade para as empresas de logística fecharem parcerias”, enfatiza.
Localização estratégica
Atenta a essa oportunidade, a Go Electric já começou as obras de infraestrutura para a implantação do 2º eletroposto da empresa em rodovias brasileiras. A nova unidade ficará no km 38 da Rodovia Anhanguera (SP 330), no trevo principal de Cajamar - um dos polos logísticos mais importantes do país, com 1,3 milhão de m² de galpões logísticos. A operação está prevista para o final de março.
A unidade de Cajamar terá oito estações de recarga, com potência total de 360kw/h, garantirá o carregamento dos principais modelos de leves, médios e pesados em circulação no país, com capacidade para atender seis caminhões por hora. O hub, que funcionará com energia 100% renovável, terá ainda dois conectores em corrente alternada de 22 KW AC tipo 2 (para todos os modelos de veículos híbridos e 100% elétricos).
Sobre a empresa: A Go Electric faz parte do grupo Orbitec, que atua nos segmentos de energia solar fotovoltaica e térmica e, desde 2019, oferece soluções completas para carregamento de veículos híbridos e elétricos – do projeto de infraestrutura (dimensionamento, integração e comissionamento), passando pela gestão de software, monitoramento operacional e a manutenção do funcionamento. A empresa investiu em torno de R$ 2 milhões na construção do maior eletroposto de recargas rápidas e ultrarrápidas em rodovias do país, em Santa Rita do Passa Quatro (SP), e está em fase avançada nas obras da segunda unidade, também em rodovia, em Cajamar (SP).