De acordo com estudo de 2021*do Centro de Estudos da Metrópole (CEM), a cidade de São Paulo tem mais prédios verticais do que casa e número chega a 1,38 milhão de unidades.
21/08/23 - Os grandes centros e seus milhares de condomínios verticais têm um novo desafio pela frente: atender a demanda crescente por estação de recarga para carros elétricos, cujas vendas atingiram um novo recorde em julho, com 7.462 emplacamentos, de Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE). Nesse cenário, os condomínios começam a jornada na busca por alternativas a fim de atender a demanda crescente de motoristas de elétricos e, o melhor, é investir em projetos coletivos, com cobrança individualizada e de longo prazo.
“A eletromobilidade é uma realidade e seu crescimento é exponencial. A cada dia será mais comum um carro elétrico em seu condomínio. Então, é preciso garantir que o morador possa recargar seu veículo no momento mais adequado para ele, sem causar transtornos ou custos para os demais. Por isso, as instalações em áreas comuns devem ser descartadas”, afirma Danilo Guastapaglia, CEO do Go Electric, empresa brasileira especializada em soluções para eletromobilidade.
Um fato importante corrobora a posição do especialista: os projetos elétricos das áreas comuns são limitados a um consumo de energia elétrica baseado nos equipamentos existentes (piscina, iluminação, academia, portaria, etc.), diferente dos projetos das unidades habitacionais. Esses, segundo Guastapaglia, são dimensionados para suportar uma margem maior de consumo, considerando mais moradores e novos equipamentos.
“O direito do morador a uma estação de recarga própria é legítimo e pode ser instalada de modo que a cobrança seja feita como a de qualquer outro equipamento elétrico da unidade. E, sobretudo, é seguro, segue norma técnica específica, com emissão de ART [Atestado de Responsabilidade Técnica], nem sequer requisita AVCB [Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros]”, diz.
As estações de recarga são consideradas equipamentos elétricos confiáveis e sua instalação é regida pela NBR 17019, que entre outros pontos, tais traz três cruciais para garantir a segurança de todos: quadro de proteção com dispositivo que impede o retorno de corrente do carro para rede, um outro que inibe a produção de surto (corrente alternada da rede para o carro) e disjuntor específico. “Sem contar os muitos dispositivos de segurança do próprio carro e da estação em si”, afirma.
O melhor projeto
Há muitos modelos que buscam sanar a demanda por estações de recarga em prédios verticais no mercado, mas a maioria deles desconsideram o crescimento exponencial da eletromobilidade, os custos ao motorista e a rotatividade de vagas, atendendo somente a necessidade imediata. A solução para o impasse está na instalação elétrica coletiva, feita em toda a garagem, e custeada pelo condomínio, e na definição de uma vaga fixa por unidade habitacional. O custo da estação e instalação em si fica a cargo do morador.
“O que vemos muito é um condomínio colocar estações em áreas comuns, o que funciona hoje, mas amanhã, com mais dois veículos, já não atende mais. Ou um morador que arca com a sua estação na sua vaga atual e, daqui a dois anos, precisa refazer todo o investimento de infra por conta da rotatividade. Há maneiras mais assertivas, menos onerosas e duradouras de resolver a questão”, argumenta o CEO.
Na avaliação de Guastapaglia, quando o condomínio disponibiliza a rede entre os relógios individuais e s vagas, passa a atuar como um player importante no mercado da eletromobilidade. “Olha futuro, respeita o direito legítimo de seus condômino em ter veículos elétricos, contribuem com as políticas ESG e se transforma em uma ponte entre o agora e a chegada de uma nova tecnologia. Isso sem contar o valor agregado ao imóvel. Vagas eletrificadas são um diferencial de mercado”, finaliza.
Sobre a empresa: A Go Electric faz parte do grupo Orbitec, que atua nos segmentos de energia solar fotovoltaica e térmica e, desde 2019, oferece soluções completas para carregamento de veículos híbridos e elétricos – do projeto de infraestrutura (dimensionamento, integração e comissionamento), passando pela gestão de software, monitoramento operacional e a manutenção do funcionamento.